Grupo de Estudos e Pesquisa do Sensível
Conduzido por Estefânia Torres, artista e pesquisadora com trajetória nas artes têxteis e cênicas, o grupo de estudos e pesquisa do sensível integrou o ciclo de atividades da URDUME no segundo semestre de 2024, reunindo artistas de diferentes regiões e formações em torno da investigação do sensível, da pele e do têxtil como linguagem, superfície e pensamento.
A proposta nasceu do desejo de criar um espaço de pesquisa compartilhada, onde o fazer e o pensar se entrelaçassem. O ponto de partida foi a leitura de obras do filósofo Emanuele Coccia, A Vida Sensível, Metamorfose e La Vita delle Forme, que guiaram encontros semanais de escuta, troca e experimentação. A pele foi pensada como limiar entre o eu e o mundo, proteção e exposição.
Ao longo do processo, cada participante foi tecendo sua própria abordagem a partir dessa escuta comum, resultando na criação de obras e textos reunidos na publicação digital Tramar Peles.
Participantes / artistas
-
Állisson Opitz
-
Estefânia Torres
-
Gabriela Michelini
-
Gabriela Waihrich
-
Mariana Weigand
-
Poliana Toussaint de Melo
-
Rosane Ferreira
-
Tiide Costa
-
Vani Caruso
Cada trabalho apresentado nesta publicação reflete não apenas uma produção individual, mas o vestígio de uma investigação coletiva, onde o têxtil é compreendido como forma de pensamento, como corpo, como pele e como gesto.
Tramar Peles é, assim, um convite ao toque, ao encontro e à reflexão — uma superfície viva que respira entre tempos, corpos e memórias.
Atualmente, no primeiro semestre de 2025, o grupo segue sua investigação do sensível a partir da leitura do livro Ficar com o problema, de Donna Haraway. O estudo se abre para pensar outras formas de cuidado, de parentesco e de habitar o mundo em tempos difíceis — criando novos tecidos de pensamento e relação.
A cada ciclo, o grupo se configura como uma comunidade sensível e crítica, onde as práticas têxteis são compreendidas como linguagem, gesto e pensamento. Um espaço de experimentação, escuta e pesquisa viva.
